A Conquista espacial
- relyjae
- 6 de jun. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 30 de abr. de 2022
“De repente eu notei que aquela pequena e bela ervilha azul era a Terra. Eu levantei meu dedão e fechei um olho, e meu dedão cobriu totalmente a Terra. Eu não me senti um gigante. Me senti muito, muito pequeno.” (Neil Armstrong, 1969)

O cosmos sempre trouxe aos homens
inquietações que os fizeram buscar meios de conquistá-lo. Cientistas como Galileu e Giordano Bruno enfrentaram a inquisição por conta de suas ideias, o último foi queimado vivo acusado de heresia. Destemidos, abriram uma janela para o céu dando a partida para a corrida espacial.
No último sábado (30/05/2020), tivemos a oportunidade de assistir ao vivo do Cabo Canaveral, o lançamento do foguete SpaceX levando a nave Dragon, tripulada por dois astronautas rumo a Estação Espacial Internacional. Admiro muito a coragem destes homens que embarcam numa viagem tão arriscada, mesmo hoje com a tecnologia avançada.
Este episódio me remeteu ao ano de 1969, quando do mesmo local, partiu a Apollo 11, rumo a Lua e fui tomada por uma emoção semelhante, um misto de medo e admiração. Nela estavam os três astronautas que se tornariam os mais lembrados até os dias de hoje: Neil Armstrong, Michael Collins e Buzz Aldrin. Eram os nossos heróis assim como o Capitão Kirk, Spock e McCoy do seriado “Jornada nas Estrelas”, um dos sucessos da época junto com “Perdidos no Espaço” (com o Will e seu robô B9: “Perigo! Perigo!”). Bons tempos!
Meses antes do lançamento, a Apollo 11 e os astronautas dominavam a mídia: entrevistas e filmagens sobre quem eles eram, como viviam, o que faziam... E me apaixonei pelo Armstrong! Estava então com dez anos, bem na idade das paixões platônicas, que talvez nem existam mais hoje, mas que eram muito boas! Colecionava fotos, notícias de jornais e revistas, montei um álbum de recortes com tudo que encontrava dele. A família ajudava na busca de material. Seria bem mais fácil se já existisse o Instagram para segui-lo, mas não teria aprendido tanto, nem teria sido tão mágico. Hoje não se fazem mais ídolos como antigamente...
Lembro com detalhes do dia do lançamento e principalmente da chegada à Lua. Era uma noite fria, 20 de julho de 1969, quando, pouco antes da meia noite, meu pai me acordou para assistir ao vivo pela TV. Saí ligeiro da cama já ouvindo aqueles ruídos da comunicação por rádio e sentindo o famoso frio na barriga. A família, já a postos, de pijama e cobertor em frente a Telefunken. Imagens em preto e branco, mas tão vivas na memória: meu ídolo Neil Armstrong descendo os degraus do módulo lunar Eagle e dizendo: “É um pequeno passo para um homem, um salto gigante para a humanidade”. E se soltou da escada, dando um escorregão e se tornando o primeiro homem a pisar na lua deixando aquela pegada épica. Que momento! Logo depois, Aldrin se juntou a ele para a caminhada lunar e exploraram a superfície dando pulos em slow motion, com a baixa gravidade. E assim, cravaram a bandeira no solo lunar consolidando The American Dream, testemunhado por meio bilhão de pessoas. Enquanto isso, no módulo de controle, Collins continuava orbitando a Lua, solitário, esperando o momento crucial da Eagle decolar da lua e se acoplar no módulo principal para o retorno a terra.
E há quem diga que foi tudo encenação. Mas como diria minha saudosa mãe: – “Tem gente pra tudo neste mundo”. E como!

Adorei o texto e principalmente por conhecer o Blog e a Blogueira...bjão. Magrinho
Voltei no tempo com teu texto! Parabéns! Teu talento descritivo é grande! Beijossss
Querida amiga, mais uma vez , VOCÊ me remeteu a minha infância...naquela noite fria de inverno, eu também fui acordada por meu pai e enrolada em um cobertor, sentada no colo dele assisti a chegada da Apolo 11 em uma televisão TELEFUNKEM... Saudades do meu amado pai..LINDO demais..não demore muito a nos brindar com mais momentos que nos fazem viajar...AMEIIII
Consegui Regina, estou aqui...
Também tenho boas lembranças daquele tempo. Foi um evento incrível que marcou época e ficou marcado eternamente nas vidas de quem assistiu ao vivo e vivenciou todas as emoções. Tenho até hoje o compacto com a gravação da transmissão pelo rádio do momento da decida que veio junto com uma edição especial de uma revista sobre o assunto. Apenas uma correção, a televisão não era uma Telefunken, mas uma Standard Eletric. :-D